Pistas para a oração de grupo

 

O oração é um dos pilares fundamentais do grupo cristão. Se pretendemos fazer no grupo uma verdadeira iniciação cristã, não podemos deixar de fazer uma iniciação à oração (em grupo - comunitária - e pessoal).

Circunstâncias

- O lugar: Não serve qualquer um. O adolescente/jovem precisa de se ambientar para entrar em contacto com o Mistério; ser-lhe-á difícil fazê-lo nos lugares normais de trabalho ou de jogo, a não ser que se ambientem de uma forma apropriada. Será uma boa ajuda, por exemplo, uma pequena capela, com cadeiras ou almofadas, não os bancos clássicos...; mas também poderá ser um lugar apropriado para uma oração de grupo um recanto tranquilo na natureza, num jardim, junto a um riacho...

- A ambientação: Quando se faz num lugar fechado, tenha-se em conta que a imaginação e a emotividade do adolescente/jovem requerem uma ambientação sóbria mas muito cuidada; deve-se dar uma grande importância aos símbolos, simples, não estereotipados. Em geral, mais do que o tipo de imagens «clássicas», o melhor é utilizar algum póster ou imagem fotográfica com uma frase apropriada, renovável de acordo com o tema da oração.

- O tempo: O momento dependerá um pouco da disponibilidade física e psíquica. Tenha-se em conta a instabilidade que caracteriza algumas fases da juventude e sobretudo da adolescência. No entanto, não se confunda o procurar o «melhor» momento com procurar o momento «ideal». É normal que a oração tenha que se realizar muitas vezes em circunstâncias pouco favoráveis; isto faz parte da iniciação à oração, sempre que se conte com a disponibilidade como atitude básica. Podemos começar por uma oração breve (10-15 minutos) e fazer uma oração mais prolongada (pelo menos 30 minutos) de vez em quando.

Estrutura

Deve ser variada, mantendo o esquema básico da oração comunitária, que será a melhor orientação para a sua oração pessoal:

·         Apresentamo-nos perante Deus. Louvámo-lo, alegramo-nos por estar na sua presença. Comunicamos-lhe as nossas inquietações, os nossos desejos. Expressamos a nossa confiança nele, a necessidade que temos da sua ajuda, da sua força...

·         Escutamos a sua Palavra, fundamentalmente através do seu Filho. É a Palavra que nos apresenta o autêntico retrato de Deus cuja imagem devemos ser; as atitudes de Jesus, que questionam as nossas próprias atitudes...

·         Respondemos-lhe. Primeiro a partir do silêncio meditativo, porque a Palavra escutada nos questiona e nos força a mudar a nossa atitude. Depois partilhamos os nossos sentimentos, expressamos o acolhimento que demos à Mensagem e a nossa disponibilidade para encarná-la, contando com a ajuda que nos vem de Deus e que lhe pedimos que nos conceda.

Podem-se utilizar diferentes métodos e técnicas, evitando sempre a dispersão e tendo em atenção os «momentos» chave da oração: presença - escuta - resposta.

Podem fazer parte da oração, portanto:

·         Recitação de orações e salmos.

·         Audição de música e cânticos gravados.

·         Repetição de frases ou antífonas.

·         Contemplação de pósteres, fotografias... e expressão de «ressonâncias»...

·         Silêncios curtos.

·         Frases evangélicas.

·         Partilha de expressões de louvor, acção de graças, petição, perdão...

·         Reflexões breves...

Deve promover-se a participação dos rapazes/raparigas na oração, com expressões próprias. No entanto deve ter-se em conta a dificuldade normal em algumas idades para expressar as suas ideias, a carência de conteúdo por vezes, e, por outro lado, a influência dos momentos de crise ou de desânimo. Por isso mesmo, a participação do rapaz/rapariga pode ser feita também através de elementos proporcionados de fora: ideias sugeridas, leitura de frases de louvor, expressões de fé, petições...

Os momentos de silêncio terão o seu lugar na oração comunitária; convém motivá-los suficientemente para que neles se interiorize o que se está a expressar e sirvam de introdução à oração pessoal.


© Equipa Arciprestal da Pastoral Juvenil de Barcelos
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